Em um comunicado divulgado em 20 de abril pela Associação de Ajuda à China, o governo chinês está envolvido em uma campanha de três fases para erradicar igrejas protestantes. A estratégia foi divulgada em um documento em Setembro de 2011, durante uma aula de treinamento para “Patriotas na Comunidade Cristã”, realizado pela Administração Estatal para Assuntos Religiosos.
O documento diz que as autoridades locais devem conduzir uma investigação completa com dossiês de igrejas em toda a China, entre janeiro e junho deste ano. Na segunda fase da investigação, as autoridades estimularão as igrejas sem registro a se afiliarem ao governo, e na última fase, a ser concluída em 10 anos, igrejas que se recusarem à filiação, serão desligadas.
Funcionários estão autorizados a banir as palavras “Igreja Doméstica” em todos os relatórios sobre as igrejas e outros meios de comunicação e substituir por “Casa de Encontros”, termo que se refere aos grupos já afiliados ao governo.
Em pesquisa realizada pela Associação de Ajuda à China em diversas províncias, mais de 95% dos líderes de igrejas domésticas disseram ter sentido o impacto das investigações, enquanto 85% informaram que departamentos de assuntos religiosos já criaram dossiê para seu grupo.
“Desde o início de 2012, temos notado um aumento na frequência da perseguição”, disse a Associação de Ajuda à China em comunicado à imprensa. O comunicado também informa que além da perseguição da igreja, o número de casos semelhantes aumentou 20% sobre o ano passado e que se espalhou para outras áreas, incluindo educação cristã, publicação e livrarias.